sexta-feira, 31 de julho de 2009

GRIPE A

Não vou escrever sobre prevenção contra a gripe, só queria tecer alguns comentários, que derivam de conversas que tenho tido com amigos sobre o assunto, por exemplo:
Dia desses alguém disse: "...é inevitável, todos uma hora ou outra vamos pegar esse vírus..." Não, não é bem assim o troço, se eu me cuidar até sair a vacina (setembro?) eu vou tomar e vou ficar imune, não preciso pegar pra me imunizar.
Fomos pra Argentina, a minha mulher e eu, para as férias (ela é de lá), nos cuidamos um monte, com o álcool gel e evitando aglomerações e estamos bem até agora.
E agora a suspensão das aulas aqui na cidade e no estado. Acho pertinente, pois as crianças que são especialmente suscetíveis ao contágio pela sala de aula e por prestarem menos atenção às medidas preventivas estarão a salvo em suas casas. A questão é o que vão estar fazendo, sem pais nem professores por perto para ocupá-los com algo útil.
As autoridades de saúde avisam que o ápice da transmissão vai se dar no meio de agosto que inicia. Vamos ver o que acontece...
Hoje de manhã no rádio: nove dias consecutivos de geada na região...
Dá-lhe Rio Grande véio! Tá na hora de começar a usar o ar condicionado no quente.

terça-feira, 21 de julho de 2009

ROcky, o Balboa

BAh...


Achei que não ia postar sobre o cusco aqui mas aí vão algumas dele, já que estamos viajando e bateu saudades...



Essa foi em cima de uma cadeira na cozinha pra ver se ele parava quieto.



Quem veio conosco foi o Tigre:






Passamos a noite em um hotelzinho bem meia boca em Uruguaiana antes de passar a fronteira e não avisamos que tínhamos um gato na bagagem... Tudo ia bem até lá pelas 5 da manhã quando o Tigre quis sair do quarto pra ver o movimento do lado de fora. Tivemos que leva-lo pro carro antes de tomar o café da manhã...
Mais uma história de viagens...


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Seu mundo (irritado) está no Big...

Dia desses fui com pressa no mercado. O problema está na palavra pressa. Se eu tivesse o dia TODO pra fazer compras seria diferente. A questão é que eu quis, além das compras normais do rancho quinzenal, adquirir uma serra elétrica. Estou eu no corredor do eletro e peço a uma funcionária que passava para verificar se existia a serra no estoque, pois ali só fica o mostruário de ferramentas elétricas. Eu achei que ela ia usar o rádio que tinha na mão para perguntar pra alguém do estoque. Não. Ela FOI até o estoque e voltou com a máquina na mão e me mostrou, me deu um código de barra e me disse para pegar o produto no balcão de informações. Fiz como ela me disse. Paguei e fui enfrentar a fila para ser atendido no referido balcão. Ah, é nesse balcão que tu pega as notas fiscais dos produtos, que são impressas em impressora matricial (alguém aí com menos de trinta anos sabe o que é isso?), recortadas um canhoto que é colado na segunda via com cola escolar, isso, cola líquida mesmo, o canhoto não é auto-adesivo. Nesse mesmo balcão tu consegues uma sacola de tamanho grande, tu podes pedir para embalar a tua bolsa antes de entrar no mercado, tu pode trocar produtos que vieram com defeito, e ... ah! Tu podes também pedir informações... Quando finalmente fui atendido, a moça me pediu para levar o tíquete do caixa para um segurança que fica a três passos do balcão, cujas atribuições são: garantir a segurança das pessoas e carimbar. Já estava bem ruim a situação, só que então após imprimir a nota fiscal, cortar o canhoto com uma régua, colar na segunda via com TENAZ (cola de colégio) na maior meleca, ela foi passar um rádio pra alguém buscar o produto no estoque de novo. DE NOVO! Daí me caiu os butiá do bolso! Perguntei se ela tinha certeza que o produto não estava ali, e ela disse que era assim mesmo... Quaaaando chegou o produto, eu tive que pegar a nota fiscal e levar onde? Adivinha? Pro último e hiper-mega necessário passo do calvário: o carimbo do segurança - o segundo carimbo.

(...)

Por que centralizar tantas tarefas em um lugar com pouca gente?
Por que o segurança não opera a incrivelmente difícil maquininha de lacrar bolsas?
Por que as sacolas grandes não são entregues nos caixas mesmo?
Por que não se pode levar o produto direto pro caixa e pagar normalmente?
Por que a nota fiscal não é otimizada e entregue no próprio caixa?
Por que ir até o estoque para perguntar?
Por que não há um PC windows marca diabo qualquer conectado com o controle de estoque pro funcionário consultar?
Ah, e por que os corredores estão mais apertados?

Resposta?

“Porque já era assim quando eu cheguei e eu não vô discuti o assunto, porque se bobear eu até fico obsoleto e perco o emprego aqui...”

Não, essa não foi a resposta de ninguém, só minha imaginação mesmo.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Cotas

Eu acho impressionante o fato de que quem decide as coisas nesse país não tenha levado em conta o seguinte: as cotas discriminam! Simples e direto. Existe uma grave diferença de herança histórica entre os imigrantes europeus que sim passaram muito trabalho ao chegarem aqui, mas que não foi nada se comparado ao sofrimento dos africanos escravizados pelos mesmos europeus, hoje ditos desenvolvidos. É um fato inegável que essa divida histórica existe ainda hoje, pelo menos no Brasil. Uma alternativa às cotas raciais eu vejo como uma opção mais sensata a adoção das cotas sociais, com base em dados do IBGE e entrevistas sócio-economicas. Ao fazer-se desse modo, os maiores beneficiados seriam, atualmente, os afro-descendentes, por infelizmente ainda fazerem parte da parcela menos favorecida da população. Digo atualmente, porque após alguns anos desse tipo de política, e depois de verificados os novos dados do IBGE, que então mostrariam que a parcela da população de classe média estaria composta de cada vez mais afro-descendentes, o assunto poderia ser repensado e quem sabe as cotas sociais poderiam ser extintas, mas isso em um longo prazo, após uma real melhoria na questão da igualdade racial-social. Na verdade, tudo se resume ao poder econômico, não a questão racial mesmo, as pesquisas com o DNA das pessoas já provaram que somos todos exatamente iguais. Paralelo a tudo isso, óbvio é o fato de que a escola pública precisa urgentemente de uma maior atenção, em termos de infra-estrutura, tanto física, quanto de mobiliário humano, com melhores planos de carreira, salários mais dignos e estímulos para os docentes no sentido de seguirem se aperfeiçoando. As modificações que vêm acontecendo com relação ao acesso ao ensino superior através de várias opções diferentes (cotas diversas, ENEM, PEIES, etc) já são um sinal de que algo está em mudança, e em uma direção certa.