segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sexo e poder.

Tem duas coisas que movem a humanidade e não são a gravidade, nem a órbita estelar. São elas: o sexo e o poder. O sexo nem sempre precisa ser entendido como o ato sexual em si, mas significando também o desejo de se colocar como o macho “alfa” (ou o homem com mais influência) ou a fêmea mais apta para a reprodução e a perpetuação da espécie (ou a mulher mais bem vestida do baile). Concorrendo para essas demonstrações estão a moda, os cosméticos, a cerveja, os esportes em geral, as academias, a propaganda, as dietas, enfim, o contexto do consumo nesse mundo desvairado capitalista. É por causa de um – o sexo, ou do outro – o poder, que as guerras são travadas, as fortunas (des)feitas, as relações pessoais (re)feitas, enfim tudo aquilo que faz o mundo (dos humanos) girar de verdade. Pensem nos reis depostos, nos conchavos políticos que decidem os rumos de um país (qualquer um), nos supostos motivos para a maioria das guerras que já aconteceram na humanidade, qualquer um destes itens pode ser interpretado pelo desejo de se ter sexo ou poder, ou ambos! Diferente dos animais irracionais, que agem por instinto, o ser humano é cheio de outras emoções que levam a ações e reações, nem sempre racionais. Status, influência, alcance, networking, charme, círculo social, etc, são expressões que em última análise se resumem a traduções diferenciadas de sexo ou poder. Pensem nas fortunas que foram jogadas fora, patrimônios dilapidados, heranças desperdiçadas quando o sortudo buscou demais um ou outro, ou ambos! A busca pela satisfação das necessidades básicas cotidianas, como se alimentar, se abrigar das intempéries não entram nessa minha conta perversa sobre o que faz com que as pessoas se levantem todos os dias e vão perseguir seus objetivos na vida. Ter mais e melhor, aparentar melhor, sobressair-se nesse mundo cada vez mais de iguais – graças a Deus – requer muita dedicação e consumo, mas pouca abstração. É o “ter” sobrepujando o “ser”. Por que ganhar mais e querer subir mais e a qualquer custo parece ser o destino óbvio de todos nós? Vida lenta e calma, mas pra frente sempre, parando às vezes para descansar e refletir, mas seguindo. Procuro pensar nisso tudo de vez em quando, pra saber se aquilo que aspiro, realmente “preciso” ou se é algo que “quero”. Geralmente me ajuda a acalmar a mente pensar assim. Ajuda a acelerar menos, brigar menos e curtir mais.