quinta-feira, 16 de abril de 2009

O mundo precisa de idéias (sempre precisou)

Tempo atrás eu assisti a uma palestra (show?) de um desses comunicadores que fazem muito dinheiro com essa atividade, mas que realmente mudou um pouco o modo como eu penso sobre estudos e carreiras. Ele prega que o mundo mudou e que ocorreu uma transição entre o valor das coisas, sendo que no passado o importante era ter extensão territorial, bens, recursos naturais, etc, e que hoje em dia aquilo que tem maior valor agregado pode estar dentro de algum cérebro por aí. Sim, o valor das idéias. Muitas vezes, maior valor tem as marcas registradas - marteladas no nosso subconsciente pela mídia - que o produto em si, como por exemplo uma calça jeans, cujo rótulo famoso é mais caro que o brim do qual é feita.
As pessoas têm habilidades diferentes e o que determina se elas terão sucesso profissional é o quanto se apaixonarem pelo que fazem, ou se tiverem idéias que podem ser originais e não necessariamente a quantidade de tempo que estudarem ou o status da faculdade que escolherem. "As melhores idéias são as mais simples." Quantas vezes vemos alguma novidade e dizemos "como eu não pensei nisso antes?"... Simples, porque estávamos ocupados fazendo sempre as mesmas coisas que os outros fazem, sem tempo pra imaginar o novo (ócio criativo). Dias atrás, comentei uma idéia com uma pessoa próxima a mim, que depois de ouvir, teve um ataque de riso! Eu havia comentado a mesma coisa antes com uma outra pessoa que, ao contrário, a achou muito interessante. Intrigante. Quem a gente deveria ouvir? Quem Thomas Edison ouviu quando estava no processo de aperfeiçoamento da lâmpada? Ou Santos Dumont? Ou Ronaldinho Gaúcho – a mãe mandando estudar ou o técnico da escolinha mandando se aplicar mais nos treinos?
Acredito muito no poder dos "insights" que nos surpreendem com aquela resposta pra um questionamento há muito no ar. A gente deveria sempre ter um bloco de anotações, uma agenda qualquer por perto, pra anotar as intuições, novos projetos, coisa pra se pensar mais tarde, algo pra ser reconsiderado, etc. Ah, em tempo: agendas são ótimas pra anotar compromissos assim que você sabe sobre eles, daí você pode se ocupar de outras coisas (e não se "pré-ocupar") como, por exemplo, ter idéias! Minha agenda é minha secretária, penso assim. Sempre tenho que "bater um papo" com ela pra começar o dia.
Todo mundo deveria ter um tempinho pra não fazer nada e se dedicar a pensar simplesmente e sem compromisso. Daria pra fazer uma pesquisa em termos de produtividade entre dois grupos de pessoas: os "pensantes" e os "repetentes".
Enfim, esse texto mesmo veio num desses momentos de abstração, sem muita "pré – ocupação", quando a gente está mais desprevenido e uma idéia vem e invade o nosso mundo!