quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Professor: Ser ou não ser?

Um tempo atrás - bastante tempo por sinal - quando eu morava em Lavras, estávamos dois amigos e eu em frente à Telúrica, quando um ex-professor nosso chegou pra bater papo. Meus amigos e eu havíamos recém entrado para a universidade e o professor nos perguntou que curso fazíamos. Um amigo disse: Direito. O outro disse Odontologia. Eu disse: Letras, Inglês. O professor me olhou e lascou: "...bah, tchê, eu achei que tu ia fazer alguma outra coisa..." obviamente desdenhando da carreira. Eu nem levei a mal na hora, mas depois fiquei pensando o quando o meu ex-professor deveria ter sido infeliz na sua carreira no magistério... Ser professor pra mim é profissão, entrei porque gostava muito de Inglês (com letra maiúscula, sempre) sem nem pensar em mercado de trabalho ou salário que iria ganhar, pois do contrário talvez nunca optasse pela língua de Shakespeare. Pois contrariando as expectativas daquele professor que parecia decepcionado com minha escolha, o magistério só me deu alegrias, me deu sustento, me permitiu ter condições de viajar algumas vezes pra conhecer outras culturas, enfim me realizei ensinando e aprendendo com meus alunos a cada novo dia. Daquela estória do começo do post, ficou pra mim uma lição, a de que, por mais que a sociedade te faça pensar o contrário, não existe curso mais nem menos importante e sim um curso superior que te permita alcançar teus objetivos na vida, ou simplesmente que te permita fazer aquilo que mais gosta.