domingo, 28 de julho de 2013

Um dia de sol.

As melhores coisas da vida são, sem dúvida nenhuma, de graça. Tu podes te aquecer na beira de uma lareira, de um aquecedor elétrico, sob o sol do Caribe ou sob o sol de Lavras (que é o mesmo sol!). Sentir frio e resolver o problema com uma boa lagarteada é um dos exemplos da gratuidade da felicidade. Se aquecer em Gramado, Bariloche ou em Aspen custa caro, é bom, mas não necessariamente garante a felicidade, aliás, nada garante nada nessa vida. O valor de um banho quente e de uma toalha seca independe da quantidade de fios que tem o roupão e se é egípcio ou chinês. Num dia frio como os dias de inverno das Lavras, quando tu encontras um lugarzinho com sol e sem vento, não importa a qualidade do banco, cadeira ou sofá. Nós, gaúchos, ainda contamos com o chimarrão (que é tipo dum sol líquido, pra quem não conhece) pra nos aquecer. De novo, tanto faz se a bomba é de prata, se a cuia é gravada com iniciais no ouro ou é um simples porongo sem luxo. O valor das coisas não reside no quanto custam para comprarmos, como se tudo pudesse ser comprado, mas sim no quanto de felicidade nos trazem.

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