segunda-feira, 29 de abril de 2013

A ESCOLHA DO REI parte III

...então num belo dia de primavera, resolveu fazer um passeio a cavalo pelos campos, mas para espanto de sua guarda pessoal, decidiu ir sozinho, pois precisava refletir sobre sua vida e seus problemas. Foi a cavalo porque não conseguia caminhar muito tempo, devido a longas horas sentado no trono, recebendo as pessoas que o procuravam com seus problemas, sendo rei, enfim. Colocou um disfarce, pois não queria chamar a atenção e poder pensar sossegado. Durante o trajeto, observava atentamente os plebeus que trabalhavam nos vilarejos. Apesar do rigor dos seus ofícios, pareciam felizes e bem dispostos. Isso o deixou desconcertado: como aquelas pessoas podiam ser tão felizes se tinham que trabalhar arduamente? E o pior, trabalhavam não somente para si, mas também para sustentar toda a corte real através de impostos! Ferreiros, agricultores, costureiras, padeiros, açougueiros, lenhadores e outras tantas ocupações se revezavam no caminho do rei. Um lenhador cortava toras de madeira à beira da estrada, quando o rei disfarçado parou para iniciar uma conversa despretensiosa sobre o preço da lenha. O lenhador estava acompanhado de seu filho mais velho, que o ajudava nas tarefas. Seu filho era forte e agradável ao olhar. O lenhador era igualmente forte, como exigia a profissão. Tinha uma filha também, era viúvo e criava seus filhos sozinho. Era feliz com aquilo que fazia e esmerava-se em educar os filhos para serem pessoas boas e gentis, o que transpareceu imediatamente no tratamento que o rei disfarçado recebeu de todos. Contou sua estória de vida para aquele estranho, de como havia superado suas dificuldades após ficar sozinho com as crianças pequenas e do quanto conseguiu se realizar como pessoa. Seguindo seu caminho,

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